Programa Vigilância Colaborativa é um forte aliado da Segurança Pública
Lançamento da iniciativa aconteceu na manhã desta terça-feira, 12, no auditório da Assemp, em Santa Cruz do Sul
Com origem em reuniões do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), o Programa Vigilância Colaborativa busca ser um forte aliado da Segurança Pública em Santa Cruz do Sul. O lançamento da iniciativa aconteceu na manhã desta terça-feira, 12, no auditório da Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp). O programa tem o envolvimento da Assemp e do Município de Santa Cruz do Sul, por intermédio do GGIM, que é integrado pela Prefeitura, Ministério Público, 7º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), Polícia Civil, Brigada Militar, Guarda Municipal, Susepe, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
O vice-presidente de Desenvolvimento da Assemp, Eduardo Kroth, explicou que o programa consiste na disponibilização das imagens, em tempo real, das câmeras privadas de segurança – empresas, associações, condomínios, pessoas físicas, entre outras – para profissionais atuantes em órgãos ligados à Segurança Pública de Santa Cruz do Sul, com o intuito de identificar, prevenir e intimidar ações suspeitas ou criminosas. “As câmeras privadas cedidas ficarão voltadas ao espaço público e serão custeadas por empresas ou pessoas físicas que aderirem ao programa”, destacou. Para participar, é preciso assinar um Termo de Adesão junto à empresa credenciada – inicialmente a Cindapa -, ter disponibilidade de internet para transmissão das imagens e pagar uma mensalidade inicial de R$ 59,90 por aparelho ou por locação (com valor conforme equipamento instalado).
Sobre o funcionamento do Programa Vigilância Colaborativa, Kroth detalhou que as imagens ficarão armazenadas em uma plataforma digital para acesso de todas as forças de segurança pública. “O acesso à plataforma de imagens será realizado sob demanda de investigação ou vigilância de algum profissional credenciado, ou seja, a partir de alguma solicitação devidamente registrada. Desta forma, as imagens não estarão sendo monitoradas constantemente, porém, serão acionadas quando existir demanda, em tempo real, no período atual e de até sete dias anteriores”, ressaltou.
Para melhor entender a questão, Kroth explicou que, hoje, quando acontece algum delito em determinado ponto da cidade, os órgãos ligados à Segurança Pública precisam identificar câmeras privadas próximas ao local e solicitar as imagens das últimas horas. “Normalmente, a entrega destas imagens leva horas ou até dias para que estejam sob comando da força policial. Com o uso da plataforma digital de imagens compartilhadas, o acesso será em tempo real, podendo a força policial tomar ações com mais brevidade possível”, frisou. Para acessar a plataforma, cada instituição deverá manter uma lista de pessoas autorizadas, pois os acessos serão todos rastreados.
Inspiração – Para organizar o programa que melhor se adaptaria à realidade local, os integrantes do GGIM fizeram contatos e visitas a outros municípios gaúchos que desenvolvem projetos similares, como por exemplo, São Gabriel, melhor case para a inspiração do projeto. No município, várias entidades e organizações locais implantaram uma plataforma virtual de imagens obtidas a partir de câmeras privadas de vigilância. “Depois de visitar São Gabriel, os integrantes do GGIM deram continuidade à ideia e chamaram algumas entidades locais, entre elas, a Assemp, para discutir e evoluir a implantação do serviço em nosso município”, disse Kroth.
Termo – O convênio para implantação do programa é estabelecido pelo Termo de Cooperação Unilateral sem Contraprestação assinado na última semana entre a Prefeitura e a Assemp, que adequa o programa à legislação de segurança. A entidade ficará responsável pelo gerenciamento do programa, com o credenciamento das empresas de segurança privada – que poderão oferecer o serviço aos seus clientes, com autorização do compartilhamento de imagens na plataforma da iniciativa -, bem como condomínios, pessoas físicas, estabelecimentos e órgãos públicos que dispõem de câmeras de monitoramento.
A associação também irá monitorar os custos da aquisição e manutenção de equipamentos e da plataforma virtual. “Nosso trabalho terá um viés de uniformidade, sem ‘concorrência’ entre empresas de vigilância privada, já que não há nenhuma meta de lucro e, sim, de fomento à Segurança Pública”, destacou o presidente da Assemp, Léo Henrique Schwingel, que também frisou que o sucesso do programa vai depender do interesse do público-alvo em aderir à iniciativa, que é de extremo interesse da comunidade, por se tratar de um assunto ligado à segurança de todos.
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